domingo, 24 de abril de 2011

Back.

Após várias tentativas falhadas de entrar no blogue já começava a pensar em criar um novo. Agora é de evitar estar tanto tempo sem escrever.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Isto de ter uma epifania num festival de verão tem muito que se lhe diga. Era bem giro que perante um dilema da vida a solução mais óbvia fosse tirar uns dias de férias, agarrar nas poupanças e dizer " Vou ali ver uns concertos e com sorte decido se vendo a casa e vou viver para as Caraibas!". Pronto algo parecido, mais extremo ou nem por isso, casar ou pedir o divórcio também serve.
Isto para explicar que a música tem a sua cota parte de importância na minha vida. Aos 5 anos, mais coisa menos coisa, nas viagens até à casa dos meus avôs as cassetes alternavam entre Onda Choque e Dire Straits vs Billy Idol. Começei cedo é verdade, influências do meu pai sem qualquer sombra de dúvida. Aindo me arrepio quando oiço Walk of Life e Sweet Sixteen, é bom ter um pai que não cede a chatagens de choro e birras para ouvir o hit do Verão dos Onda Choque.
Agora devia existir aqui uma descrição detalhada de toda uma banda sonora de uma vida (até parece que tenho 80 anos credo), mas o que interessa mesmo é o fim de semana do Optimus. Aliás o Optimus podia ter ficado apenas pela vontade não fosse eu apenas acreditar que ia quando tivesse o bilhete comigo, e mesmo com bilhete na mão só acreditei quando estava a ver a Florence ao vivo. E eu que só ia comprar o bilhete uns dias antes...alguém esperava que se esgotassem? Enfim. Aliás com um cartaz daqueles merecia um recinto bem maior etc etc. Fiquei contente quando soube que os bilhetes estavam esgotados sim senhora, isto porque fiz algo que não esperava ( mais uma vez) e mandei o que é "correcto" para as urtigas. Na quinta-feira quando entro no comboio oiço "Everything gonna be alright" e ao sair em Sete-Rios toca na rádio "Breathe" , dado o meu historial em momentos com direito a banda sonora não estranhei absolutamente.
Chega a N. vamos até à casa da tia dela onde iríamos ficar, metemos parte da conversa em dia, ligo a televisão na Sic Radical e começo a ver o programa sobre o festival...um hábito ganho nos últimos anos. A diferença é que não ia ver em directo mas sim ao vivo. A hora e meia de espera do primeiro dia desesperou-me! Quase que como já esperasse que alguma coisa tinha de correr mal , deprimente eu sei, e ali estava eu quase a temer uma rebelião. Acabei por não ouvir "Blinding" , "You´ve got the Love" é claro que já tinha tocado... mas para minha surpresa a escolha para fechar o concerto foi "Rabbit Heart" e tenho a dizer que foi a p#t@ da loucura! Só me faltou agradecer aos céus ahahah
Concerto seguinte: The XX. Senti cada acorde das duas guitarras, vi a emoção do grupo perante um palco tão pequeno a abarrotar e um publico que vibrava a cada música, eu nem consigo descrever a euforia que se sentia. Dali fomos ver Faith no More, descobri talvez 2 meses antes que "Epic" era da autoria dos amigos senti-me inculta é verdade, sou daquelas pessoas que por vezes passam a vida a cantar certas músicas e não fazem ideia do autor e nome das ditas cujas. Senti-me num mundo paralelo visto que das pessoas que estavam comigo eu era a única que sabia as letras. Foi ai que confirmei que num concerto acontecem por vezes coisas "invulgares"... por momentos fazia parte do grupo ao lado que saltava e gritava as letras comigo apesar de não termos trocado uma única palavra. Aproveitei o concerto o mais que pude e a noite acabou na tenda Clubbing, na sexta será escusado dizer que mal me conseguia mexer. Uma coisa é nadar 35 piscinas depois de 7 anos sem fazer ponta de um corno, outra é ver ao ponto que a inércia tomou conta da nossa vida. Estar às 5h da manhã no Campo Grande à espera do autocarro para casa também foi novo para mim. Enquanto esperávamos pelo autocarro e derrotadas pelo cansaço acabamos por ficar no silêncio, dei por mim a pensar em tudo o que deixei de fazer estes últimos anos e que vale a pena arriscar. Aceitei que a minha vida não havia de ter retorno possível para a normalidade, que por mais que tentasse nunca iria ver as coisas na mesma perspectiva das pessoas da minha idade. No outro dia disse "eu tenho a experiência de vida trocada" isto provoca-me pânico e ansiedade mas é a pura verdade.
Mas isto não me impede de me divertir à grande, talvez como poucas pessoas, sem precisar de nada para aproveitar o momento e "esquecer" o resto. O que me irrita ver alguém dependente de algo para se divertir, é aqui que entra a minha "experiência ao contrário" que dá valor a estes momentos. Eu nunca precisei de beber para me divertir, não tenho memórias de alguma vez estar bêbeda a ponto de não me lembrar com quem estive, por onde andei e o que fiz. Muito pelo contrário lembro-me de todas as grandes saídas à noite. Senti muitos olhares e sorrisos em cima de mim " estás bonita estás"... haja paciência! Saltei, cantei sim mais do que a maioria...mas não me atirei para moches com o intuito de me enroscar com alguém como vi tantas vezes.
Os concertos dos Skunk Ananzie, Gossip Girl e Pearl Jam foram de outro mundo. Valeram todo o pó, calor e claustrofobia no meio daquela multidão (o meu metro e sessenta também não ajuda muito). Fiquei triste quando percebi que os Pearl Jam não iam tocar "Last Kiss", as lágrimas eram garantidas mas não havia problema que no meio de tanto calor humano ninguém ia reparar. Gritei o mais alto que pude "Hey, I, oh, I´m still alive" acho que foi ai que se deu a epifania da forma mais irónica possível.
Concerto dos LCD Soundsystem: a última música do festival foi "Yeah". Só conhecia uma ou duas músicas shame on me, quem estava comigo viu (a) outra Mafalda. Ao inicio lembrei-me daquela tarde em que num treino senti como se tudo desmoronasse dentro de mim a cada passo, lembro-me de pensar " Isto vai ser mau" e dai a uns dias a minha vida nunca voltou a ser a mesma. Eu não sei se foi quando subi à plantaforma de suporte da câmara que gravava o público que me lembrou os steps (eis a prova da minha demência mental) mas saltei como antes não havia saltado. Eu não sei onde fui buscar tanta força e capacidade respiratória para o que fiz! Há uns tempos saltava um bocadito e ficava ali ofegante como se parecesse irreal eu ter treinado para as nacionais de aeróbica e afins. Eu sei que dei por mim num misto de raiva e felicidade.
E no fim disse a mim mesma que tinha de escrever isto tudo (quase tudo) no blogue e o nome que tinha escolhido fazia todo o sentido.

sábado, 17 de julho de 2010

Olho para a pulseira que confirma a minha presença dos 3 dias do Optimus Alive, e dou por mim a pensar que se sou capaz de tal proeza (ou será loucura?) durante a época de exames sou capaz de muito mais. Meto-me a pensar nas duas pessoas que cruzaram o meu caminho nos últimos meses e fizeram tremer as minhas (fracas) convicções...
A médica que disse: " Então e vais desistir? Depois de tudo isto? Só tens 22 anos...tens uma vida pela frente" ao que me imaginei a responder " Pois... ficam cicatrizes sabe? Tenho medo de sair do seguro e ser EU a culpada de mais um sofrimento, já que o resto não posso controlar." Mas fiz um sorriso e fiquei no silêncio, não lhe vou esquecer o sorriso meigo e tudo o que me disse naquela noite. Depois passo pelas portas daquele sitio que um dia adorei e agora tenho uma relação amor-ódio, e sinto as palavras dela a gritarem dentro da minha cabeça.
Uns tempos depois descubro alguém, não pessoalmente, que me mostra que por um sonho vale tudo.

domingo, 14 de março de 2010

" (...) Larguem o homem, caraças, mas não nos chateiem. E ainda dizem que nós solteiras é que somos umas desesperadas, good lord. "Mais vale só que obcecada", já lá dizia a minha... não, não dizia nada, inventei mesmo agora. Quão triste é ver que tantas mulheres - não todas, felizmente, não estou a generalizar, não se assustem, eu sei que há pessoas normais - se fazem ainda valer apenas pelo homem que "têm", sem perceber que têm de valer por elas próprias primeiro. E o pior é que julgam as outras na mesma medida, as coitadinhas que não conseguem arranjar um, como se fosse um concurso, para poderem finalmente atingir a máxima realização pessoal com a queca semanal. Sem perceberem a diferença entre querer e precisar. Ou entre amor e comodismo. Ou companheirismo e dependência. Ou entre apreciar uma boa companhia e incapacidade de se estar sozinha. Se alguma vez me tornar assim, just shoot me please."

Escrito pela Luna, em Crónicas das Horas Perdidas.

Apetecia-me enviar este subtil texto à minha familia e determinados amigos. Nada mais do que isto.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Se escrevesse tudo o que se passou nas últimas semanas, ou todos os meus pensamentos, tenho a ligeira sensação que seria o suficiente para compensar todas as outras vezes que não o fiz.

Ah e estou (muito) desiludida com o cartaz do Rock in Rio.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Heart Beat #1


Get Up, Come On

Why you are scared

You'll never change what's been and gone

'Cause all of the stars

Are fading awayJust try not to worry

You'll see them some day

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Não fui a Santiago mas...



...estive a quase 2000m de altitude (1993 para ser mais precisa). Foi a primeira vez que vi neve e descobri o que custa cair no gelo! Sempre que comentava a frustração de nunca ter visto nevar, a minha mãe fazia questão de contar que a última vez que tal aconteceu na aldeia tinha sido no Inverno em que estava grávida. E até este fim de semana, desejei secretamente que nevasse nas circunstâncias mais improváveis se assim fosse preciso, é que eu adoro o frio, a lareira, as roupas quentes... mas viver tão perto da costa torna a tarefa complicada. Fui uma sortuda pelo que ouvi, não havia nevoeiro consegui tirar fotos lindas, a serra estava coberta de neve (não uma amostra como que se vê em Março e até Abril) e ainda nevou.